segunda-feira, 28 de outubro de 2013

TGD - Transtornos Globais de Desenvolvimento


Uma discussão interessante que tem surgindo em escolas é com relação à inclusão de crianças com TGD - Transtornos Globais de Desenvolvimento, o qual engloba os diferentes transtornos do espectro autista, as psicoses infantis, a Síndrome de Asperger, a Síndrome de Kanner e a Síndrome de Rett.
Acredito que uma das melhores formas de se discutir esse assunto é partindo de situações reais, sendo assim, apresento o seguinte vídeo:


Assistam e postem opiniões, por favor.

Experiências Profissionais

No último mês de setembro tive a oportunidade de comunicar as experiências vivenciadas em um projeto com o maternal 1 da E.M.I. Casa da Criança, momento em que a reflexão me instigou a voltar ao meu TCC de Pegagogia defendido em 2008, quando pesquisei o papel do gestor escolar como articulador da formação continuada. Trago isso pela relevância de tal oportunidade, onde pudemos apresentar nosso trabalho diário, refletindo sobre a Pedagogia de Projetos, proposta por Maria Carmen Silveira Brabosa e Maria da Graça Souza Horn, velhas conhecidas das acadêmicas/formandas de 2008 do IESA.


Como eu mesma já escrevi há algum tempo...
A formação continuada de professores pressupõe a articulação de experiências do dia a dia e a reflexão, análise e pesquisa a partir dessas experiências, para assim, formular novos conhecimentos para as questões do cotidiano escolar. 
Pimenta (2004, p. 130) acrescenta à essa discussão mencionando que “falar em formação de professor, portanto, é apontar para seu desenvolvimento profissional a partir de uma concepção de homem que se organiza formal e sistematicamente na perspectiva da inteireza, e não da fragmentação”.


Essa experiência de troca de vivências e aprendizagens das crianças produziram instigantes reflexões entre os educadores presentes.

Foto: Como eu mesma já escrevi há algum tempo...
A formação continuada de professores pressupõe a articulação de experiências do dia a dia e a reflexão, análise e pesquisa a partir dessas experiências, para assim, formular novos conhecimentos para as questões do cotidiano escolar. 
Pimenta (2004, p. 130) acrescenta à essa discussão mencionando que “falar em formação de professor, portanto, é apontar para seu desenvolvimento profissional a partir de uma concepção de homem que se organiza formal e sistematicamente na perspectiva da inteireza, e não da fragmentação”.

domingo, 27 de outubro de 2013

Primeiras reflexões...

Para iniciar as primeiras reflexões, quero apresentar um instigante texto, o qual propõe importante reflexão acerca das crianças que mordem na educação infantil :


Enquanto ainda não sabem falar com desenvoltura, as crianças utilizam outros meios para se expressar e para se comunicar. A mordida é uma delas. "As crianças na idade oral ainda não verbalizam com fluência e a linguagem do corpo acaba sendo mais eficaz", diz Rosana Ziemniak, coordenadora de Educação Infantil do Colégio Magister, de São Paulo. 

"Nessa fase em que as crianças ainda não têm domínio da fala, as manifestações corporais são usadas para manifestar descontentamento, alegria, descobertas", diz Marilene Proença , membro da diretoria da Associação Brasileira de Psicologia Escolar e Educacional (Abrapee) e professora do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo. 

Rosana Ziemniak acrescenta: "O que a criança deseja ao morder um amiguinho não é agredi-lo, mas sim obter de forma rápida algum objeto ou chamar atenção". As mordidas, segundo Marilene Proença, são usadas em situações diversas, e a criança vai avaliando quais os efeitos que as mordidas têm: "A criança morde e depois vê o que acontece. Por exemplo, se ao morder ela consegue o que quer, qual é a reação do outro", comenta Marilene.
Segundo Rosana Ziemniak, coordenadora de Educação Infantil do Colégio Magister, de São Paulo, a fase oral - assim denominada pelo pai da psicanálise, Sigmund Freud - é uma etapa do desenvolvimento que vai do nascimento até por volta de dois anos de idade. "Nessa fase, é comum vermos crianças dando mordidas ao primeiro sinal de estresse. Este é um dos mais importantes e mais primitivo estágio do desenvolvimento infantil, quando a criança ainda é egocêntrica, ou seja, acredita que o mundo funciona e existe por sua causa", explica Rosana. "Sendo assim em sua concepção, tudo que deseja deve ser prontamente atendido e, quando isso não ocorre...nhac!", diz a coordenadora, acrescentando que nessa idade as necessidades, percepções e modos de expressão da criança estão concentradas na boca, lábios, língua e outros órgãos relacionados com a zona oral.
As crianças não nascem sabendo dar mordidas, assim como não nascem sabendo dar tapas ou puxar o cabelo. Quem ensina as crianças a morder, beliscar ou a bater são os próprios adultos e as crianças mais velhas, conforme explica Marilene Proença, membro da diretoria da Associação Brasileira de Psicologia Escolar e Educacional (Abrapee) e professora do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo. "Essas ações se aprendem na relação com outras crianças, com os adultos. Os adultos têm esse tipo de brincadeira, dizendo "vou morder você, vou apertar sua bochechinha". A criança assiste a essas formas de comunicação e a partir daí vai usando esses meios para se comunicar também" diz Marilene.
Várias situações podem levar a criança a morder. "Em uma classe na escola de educação infantil em que a professora está grávida, por exemplo, pode haver um sentimento nas crianças de perda ou de abandono, em vista do bebê que vai chegar. O mesmo em casa, se a mãe está grávida do irmãozinho", comenta Marilene Proença, da Abrapee, Outras situações citadas por ela são a mudança de sala na escola, a disputa por um brinquedo ou mesmo pela atenção de outras pessoas.
Quando a criança morde outra pessoa, é importante a mediação de um adulto, para fazer com que ela reflita sobre o que fez e para que entenda que há outras maneiras de conseguir o que deseja. "O adulto deve mostrar à criança que há outros meios de expressar-se ou de conseguir o que se quer. Pode-se dizer, por exemplo: 'se você não gostou do que ele fez, vamos dizer isso a ele', ou 'você quer o brinquedo? Então vamos pedir o brinquedo'", diz Marilene Proença, membro da diretoria da Associação Brasileira de Psicologia Escolar e Educacional (Abrapee) e professora do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo.

A especialista afirma que o adulto deve mostrar à criança que a linguagem é a forma certa de se obter as coisas. "O papel do adulto é transformar a atitude corporal em uma atitude mediada pela linguagem. Esse é um grande objetivo da educação, tanto na escola quanto em casa", explica ela. Quando esse ensinamento não é dado logo cedo, as crianças crescem e mantém as atitudes corporais para conseguir o que querem. É o que se vê quando crianças mais velhas se atiram no chão e fazem escândalo quando são contrariadas.
A mordida é sempre uma situação difícil para os pais de ambas as crianças, diz Rosana Ziemniak, coordenadora de Educação Infantil do Colégio Magister, de São Paulo. "Os pais da criança mordedora sentem-se envergonhados e os pais da criança mordida ficam chateados pelo machucado do filho. Cabe à escola mediar as relações entre as crianças e seus familiares para minimizar os sentimentos negativos e criar situações para estabelecer limites, mostrando a importância do respeito e do tratar bem o amigo que ficou triste por ter sido machucado", diz Rosana. Ela acrescenta que tanto a escola quanto os pais devem aproveitar essas situações para ensinar à criança as regras de convivência.

Marilene Proença, da Associação Brasileira de Psicologia Escolar e Educacional (Abrapee), concorda e diz que os pais não devem aceitar a ocorrência da mordida como uma coisa rotineira. "O ideal é procurar a coordenação da escola, dizer que isso não pode acontecer e procurar entender o que houve para gerar essa situação", comenta ela. Rosana Ziemniak acrescenta que a criança mordida deve ser acolhida e incentivada a expressar seu descontentamento, porém nunca deve ser incentivada a revidar, ou seja, a morder também.
"Apesar de, na maioria das vezes, a mordida fazer parte do desenvolvimento natural da criança, em alguns casos, este comportamento pode sinalizar um problema de ordem emocional", diz Rosana Ziemniak, coordenadora de Educação Infantil do Colégio Magister, de São Paulo. "Se estas mordidas passam a ser frequentes, a criança pode estar insatisfeita, ansiosa, com sentimento de rejeição ou tentar chamar a atenção através da agressividade. Quando isso acontece, a família e a escola precisam acompanhar de perto e com atenção para descobrir as possíveis causas e dependendo do caso, é importante buscar a ajuda de um psicólogo", explica ela, acrescentando, porém, que os casos de ordem emocional não são em si a maioria.


Acesso em  03/09/2013 as 14:49 


Acreditando no (Im) possível

Com o objetivo de lançar adiante as reflexões realizadas a partir de temas como a inclusão na Educação Infantil, a Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva e a Formação do Professor para a diversidade iniciou-se esse projeto, ou melhor, esse blog.
A visão aqui apresentada é de total responsabilidade de quem aqui escreve. 
Acrescenta-se a minha formação profissional: Pedagoga, especialista em Docência no Ensino Superior, Pós-graduanda em Atendimento Educacional Especializado, Professora de Educação Infantil no Município de Ijuí. Experiência como professora em Escola Especial na Educação Infantil, Ciclo 1 e no Ciclo 2-EJA. Conclui curso de Capacitação em AEE-Atendimento Educacional Especializado. Professora de turma de Ensino Regular com aluno incluído - Síndrome de Down.